terça-feira, 7 de agosto de 2012

O Corpo Grita.


Ontem, em nosso ensaio, cheguei atrasada, o pessoal já estava  experimentando as escadas que vamos usar no trabalho. A instabilidade que surgiu para executar movimentos nas escadas fizeram com que criássemos outras ações junto com o risco do ator em cena. Cada um foi realizando, ao longo do processo, seus solos, todos juntos em cena compondo uma unidade forte de grupo quando cada um fazia sua partitura individual.

Antes de chegar na minha partitura,  fiquei por um bom tempo realizando meus espasmos, foi cansativo e dolorido faze-los, chegando no momento em que comecei a falar meu texto. Fiquei com sensações diversas, ate chegar em um turbilhão de emoções, chegando no choro com o seguinte texto: “Agora Kostian, eu já sei e compreendo que em nosso trabalho, tanto faz se atuamos no palco o se escrevo, o que importa não é gloria, nem é brilho ou a realização dos sonhos, e sim saber carregar a cruz e ter fé. Eu tenho fé e quando penso em minha profissão eu não sinto medo da vida”.


Voltamos e nos sentamos fazendo movimento do que chamamos de “espelho”, e logo terminamos as ações indo para as escadas, com as frases e batendo em nosso corpo, saindo sussurrando pela a boca – “Eu sou uma gaivota. Eu sou uma triste verdade. Eu sou uma dor de verdade. Isto sim é que é teatro. Eu tenho fé. Eu sou uma ATRIZ”. Até o fim de nossas ações dando por encerrado mais uma noite de ensaios e a busca de ser ator de verdade.

Post por Tatiana Duarte

Nenhum comentário:

Postar um comentário