quarta-feira, 4 de julho de 2012

Ator e seu Duplo



Motivada pelos impulso de hoje, experimentado em nosso processo prático, irei compartilhar minhas sensações que obtive em nosso trabalho que foram “super-intensas”. Acompanhada de um bom café, eu refleti sobre tudo que apresentei em nos exercício para a cena. Hoje estive em cena de forma horrível, fiquei perdida não estava lá... apresentei minhas partituras que tínhamos combinado, mas sabia que não estava bom, nada em ordem, a coordenadora do projeto, foi conduzindo a cena e me dando indicações como pegar um violão e falar meu texto tentando tocar, mas eu não toco nada.

Depois ela me pede para falar o texto sem o violão e me posicionei sentada, ela me conduzi-o para me colocar no texto no presente. Foi então ativei uma emoção, a principio de enjoou e logo em seguida de choro, com uma outra vontade de rir dizendo o seguinte momento do texto:

“Eu não sei o que fazer com as mãos , como me postar em cena, eu não domino a voz... Xanda você sabe o que é isso... ter consciência de atua terrivelmente mau”...

Este texto me deu uma outra coisa, o estado foi como um grito, berro, desabafo, pelas tantas vezes que me senti perdida no palco, o lago da Nina era o meu palco e me via ali em risco, percebi uma outra NINA a “minha” que estava escondida e não falava. De repente as coisa se apresentaram de outra forma o personagem do meu duplo. Como Antonin Artaud comenta eu seu livro aqui abaixo cito um das que acho importante para a formação do ator.

...O teatro reencontra a noção das figuras e dos símbolos-tipos, que agem como se fossem pausas, sinais de suspensão, paradas cardíacas, acessos de humor, acessos inflamatórios de imagens em nossa cabeças bruscamente  despertados;... ... e diante nós trava-se então uma batalha de símbolos... pag. 24 (ARTAUD, Antonin/ O Teatro e  seu Duplo/ SP, 2006, Martins Fontes)        


Trabalhei com o corpo que tinha hoje...



Post  por Tatiana Duarte

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