terça-feira, 16 de outubro de 2012

Relato dos Participantes da Oficina Olhar do Outro

Desde o início de minha graduação em Artes Visuais, me chamava muita atenção o momento em que o professor passava ou parava diante do data show e a projeção do conteúdo tomava a forma do corpo, deformando a imagem, variando o tamanho e a cor.

Com o decorrer do tempo o contato com videoarte aumentou, e o entendimento das possibilidades que os anteparos oferecem foram sendo descortinadas para mim.

Por conta disso, na oficina "Corpos Projetados" a questão das projeções não foram as que mais me instigaram; o processo por trás do vídeo projetado, sim.

Como um não-ator, o trabalho realizado até alcançar o produto final (vídeo projetado e suas interações) me desconcertou, considerando o distanciamento com o qual encaro o uso de minha própria imagem. Usar meu sonho, minha escrita, minha fala, minha mão... Usar-me como material de inspiração e composição foi a grande graça conquistada através da oficina, além das muito grandes outras graças que foram as trocas de experiência entre as pessoas presentes.

Como artista em formação, no momento atual passo por uma crise poética na qual o abismo da auto-imagem e o olhar do outro em relação a ela me são extremamente pertinentes.

A interpretação de um personagem, a interpretação de um sonho, a revelação do eu-interior... Isso me faz questionar se a velatura do que pensamos/sentimos não é de certa forma a composição natural de um personagem - e que é mais fácil vestir-se de outros personagens que despir-se desse "eu mesmo" que cobre o verdadeiro eu.

De toda maneira, a experiência veio em boa hora, e seus frutos hão de ser degustados e digeridos por mais um tempo.

Yuri Morroni




Participar da oficina foi de grande valia para mim, que trabalho com edição de vídeos, e ver como esses videos podem ajudar a compor uma cena foi incrível, as enormes possibilidades que isso pode trazer e os vídeos que criamos durante a oficina me fizeram ver enormes possibilidades de criação em ambos os os universos tão estreitos.

Thiago Rodeghiero




Há cerca de um ano comecei a meu interessar por projeções e desde então não parei de pesquisar a respeito. Através da Ana Laura, conheci o trabalho do "Olhar do outro" e me apaixonei ainda mais pelas projeções. Foi um experimentar-se, um olhar para dentro de si mesmo, usar os próprios sonhos e a própria imagem para gerar um novo material foi algo único para mim, uma estudante de arquitetura, que sou acostumada a pegar referências de fora para meu trabalho. Entrar dentro de um personagem, encarar uma câmera, ouvir a própria voz e interagir com as projeções foi incrível, certamente os frutos que surgiram naquele feriado, tudo que aprendi perdurará por muito tempo na minha vida e em minha atitudes.
Parabéns a equipe pelo belo trabalho!

Camila Parolin Ortega.





Post por Tatiana Duarte

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