quinta-feira, 6 de setembro de 2012

É amanhã....



Ah, (...) fim de processo.
Fim ou começo de um novo.
Não sei se é o tempo instável ou a inconstância de amanhã tornar público algo tão íntimo,
sinto-me frágil e por vezes "falso até a medula" como cita nosso autor.
Amanhã, se chover, não haverá.
Caso contrario estaremos lá, junto ao Theatro Sete de Abril.

Há uma certa expectativa que "agrademos" nosso público, porém receio.

Hoje será nosso último ensaio, e "estou tão cansada, seria tão bom poder descansar, descansar" (também é parte da obra A GAIVOTA).

O descanso torna-se um desejo de quem muito trabalha. E quem muito trabalha realiza, pode agradar ou não. Isso pode ser fruto do ego... Aliás, uma de nossas cenas quer que o público se apaixone, sim, e de maneira muito sútil.

Há um ou dois meses, tive um sonho:
Estava Alexandra Dias, nossa dire(tora) sentada com as pernas esticadas com cigarros entre os dedos
dos pés. E ela dizia: Gente, o espetáculo estreia amanhã. Está uma merda, ninguém fala mais nada!

fim do sonho.

Mas hoje podemos dizer: O espetáculo estreia amanhã. Estará uma merda? Alguém falará alguma coisa?

Merda a todos, inclusive aos espectadores.

A parte isso diria que "comecei forte e estou terminando pianíssimo" assim como Tchekov quando terminou de escrever sua peça.
"estou insatisfeito e vejo que não sou de forma alguma um dramaturgo".
Coitado, teve que lidar com a frustração de ser vaiado e zombado.
Espero que isso não nos aconteça amanhã...
mas quem está na chuva....


Porque sou atriz???

Ainda assim, medos e anseios.... gosto muito de tudo isso.

Tai Fernandes

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